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7 de setembro de 2011

Sociedade que é esquisita não eu

Não sei vcs, mas a experiência de fazer regime é algo estranho pra mim, antagónico. Uma cultura louca,
manipulando o tempo inteiro, nunca vi tantas academias, todas lotadas. E também nunca vi tantos restaurantes, praças de alimentação, fast food [...]. Na minha breve vida (30 anos), vivenciei essa cultura mutante, de comer em casa todos os dias, para essa, de fast food. Padaria não vende mais somente pão, há uma variedade de guloseimas e petiscos, pra todos os gostos, dificilmente eu vou lá comprar pão.  E o happy hour então, sempre acabamos comendo e bebendo mais do que devia. Depois essa mesma cultura, só pra sacanear, diz "Que quanto mais magro você for, mas bonito é". Como a proibição do fruto no jardim do  Éden, pra ser feliz, não posso comer, senão sofrerei consequências, serei expulsa do jardim. Quem transgride essa lei, como eu, sabe muito bem as consequências que temos que enfrentar. E é assim que me sinto uma transgressora da sociedade, e como tal sou bombardeada de opniões o tempo todo sobre mim, sou encarada como relaxada, já ouvi comentários " Não consegue fechar a boca?", ou daqueles mais sutis, "Olha eu faço essa dieta, trouxe uma cópia pra você". Há última que ouvi, me instigou "Não existe gordo feliz", até o direito de ser feliz nos é tirado. Na mesma semana vejo na tv, dizendo que o gordo que se diz feliz está usando uma máscara. Será que a sociedade, só se sente feliz, se nos vermos choramingando pelos cantos, com olhar triste, com inveja de quem é magro, achando a vida sem graça, afinal, sou gorda, o que me resta. Também nisto sou transgressora, me recuso a ter essa vidinha medíocre, idolatrando quem fecha a boca,  me sentir menos gente do que qualquer pessoa que seja. Afinal, duvido que só por serem magras sejam mais felizes do que eu, porque todos nós, na nossa humanidade, temos dias bons e ruins, choramos, sorrimos, decepcionamos, apaixonamos, amamos, não somos amados, temos dúvidas, certezas, esperança, sim simples humanos, vulneráveis,  vivendo a vida da melhor maneira possível naquele momento.

3 borboletas, comentaram!:

Anônimo disse...

Não concordo com vc, como ser feliz, se não acho a roupa certa pra usar, ir a balada e ver que não tem ninguém te paquerando. Só vou ser feliz quando chegar ao meu peso ideal.

Unknown disse...

isso é algo chato demais mesmo.. sabe que a sociedade define um padrão de beleza, se podemos chamar assim, e aí nos dá como desafio enfrentar essas pedrinhas no caminh e se conseguimos nos manter magros, ganhamos o presente da felicidade eterna... já vi gordinhos que admitem que são felizes assim e pronto, se um dia emagrecer, emagreceram, mas se sentem, sinceramente, bem como estão... não acredito qeu felicidade se consiga apenas com perda de peso, mesmo eu quando era gordinha, tinha minhas alegrias, a gordura me frustava, mas mesmo assim, nunca desisti da minha felicidade... bjus!!!

Vivi recomeçando, reaprendendo e blogando! disse...

Olha eu aqui^^
Linda tbém acho que a gordura não interfere na felicidade de todos, de alguns sim, pq eu era infeliz gorda por N motivos, mas conheço gordinhas que são resolvidas e felizes sim, isso varia muito!!
Agora que é uma sacanagem o povo se achar no direito de julgar isso é, ninguém tem nada a ver com a sua vida!!
Quando fizerem esse tipo de comentário com vc dá logo um fora e pronto.
Bjs